Flamengo chama Ceará para o seu campo e em mais uma falha é punida por Hugo Souza
O Flamengo começa bem nos dois tempos, mas não tem consistência e acaba perdendo pontos para outro erro crucial do goleiro; Isla é outro que vacila durante o jogo
O Flamengo não foi consistente no empate por 2 a 2 contra o Ceará. Teve boas largadas nas duas fases, mas em nenhum momento mostrou um domínio claro contra um rival claramente inferior no Castelão.
O time foi diferente no volume apresentado contra o Botafogo, no qual pressionou bastante sobre os concorrentes. No entanto, repetiu a forma como perdeu pontos: em mais uma ausência crucial de Hugo Souza, que vive sua pior temporada no clube desde que se profissionalizou em 2020. O gol nos descontos acabou com qualquer chance de reação do Flamengo.
Erros técnicos de Hugo e opção de Paulo Sousa
É injusto colocar só na conta do goleiro porque, como mencionado acima, o Flamengo não tem o Ceará, adversário que deu muito espaço nas derrotas todo o jogo. Mas Hugo já tem quatro ausências cruciais em 2022.
Perdeu no primeiro clássico, no gol de Arias na derrota por 1 a 0 para o Fluminense. Na Supercopa, ele perdeu um gol de Nacho Fernández ao defender um chute de Guilherme Arana.
No último final de semana ele deu um chute do Botafogo, Erison. E agora, neste sábado, ele se posicionou mal e tomou a decisão errada quando Nino Paraíba fez falta de longe.
Paulo Sousa e Paulo Grilo, treinador de guarda-redes, também são culpados. Apesar de quererem dar moral ao guarda-redes com quem contam desde o início da época, os erros e o mal-estar que mostra depois deles merecem talvez uma reflexão maior, até para o preservar.
Contra o Botafogo, por exemplo, no fim de semana passado, eles erraram duas vezes em bolas fáceis após o gol branco.
É verdade que especificamente para este jogo com o Ceará nenhuma outra decisão teve que ser tomada, pois Santos e Diego Alves não estavam disponíveis.
Colocar o jovem Matheus Cunha seria um erro novo, mas erro de Hugo não é novidade.
A opção de fazer do Santos o goleiro e fazer do Hugo o titular brasileiro também se mostrou uma boa escolha não correta. Isso, claro, foi decidido antes que o ex-atleta sofresse uma lesão de grau 2 no quadríceps na coxa esquerda.
A questão é que com as recentes convocações para a seleção em quatro jogos do Flamengo, o Santos tem se mostrado uma aposta segura. Hugo não podia ignorar essa calma.
O jogo: Acertos e erros individuais no Flamengo refletem bem o 2×2
O Flamengo voltou a ter uma figura central no Arrascaeta na última rodada. Além de ter duas assistências em lances de bola parada, ele se saiu muito bem na luta quando tinha pernas.
Apesar de ser um jogador particularmente criativo, acabou por se tornar o terceiro maior desarmador (quatro no total), atrás apenas do médio defensivo João Gomes (cinco) e do médio adversário Lima (seis).
Mostra Willian Arão como mais um marcador. elementar para os dois gols marcados, ainda mais no caso de um meio-campista cuja função principal não é marcar gols, mas a do adversário.
Bem, Arão manteve a bola fluindo e conseguiu jogar a maior parte do jogo com João Gomes, que mais uma vez foi certeiro na luta.
No segundo tempo, Arão cansou e perdeu algumas coisas que não costumam acontecer – eram nove no total – mas nada que estragasse a diferença enquanto estava inteiro. Ele quase desistiu de um erro próximo, mas Gomes pigarreou.
Se a individualidade dos três acima ajudou, erros individuais – e muitos – de outros jogadores também contribuíram para que o Flamengo não vencesse.
Embora Hugo, que poderia ter deixado seu gol no primeiro gol, já tenha sido mencionado em detalhes, outros jogadores discordaram fortemente. Hugo.
A diferença é que ele fez isso no meio do primeiro tempo e não nos acréscimos. Parou Zé Roberto com uma falta tática no círculo central e, em vez de deixar contar a experiência e o tamanho da Copa do Mundo de 34 anos, devolveu o calcanhar a Zé Roberto, que havia agarrado.
O rival chutou rápido, deixando Mendoza em boa forma para empatar.
Além do grave erro no gol, o chileno errou passes fáceis no setor defensivo e quase fez outro logo nos minutos finais. Após o jogo, Paulo Sousa explicou que a retirou por problemas físicos e não pelos inúmeros erros técnicos.
Se nos atermos aos números, podemos ver que ele teve uma taxa de sucesso de 91%. Mas a verdade é que complicou alguns jogos em que recebeu com liberdade, mudou de direcção ou escolheu o companheiro que não estava na melhor posição.
Do outro lado da defesa, Ayrton Lucas se envolveu com os atacantes e sofreu com Mendoza. Tendo que persegui-los com tanta força, ele foi preso com um cartão amarelo e teve que evitar uma falta sobre Erick no final do primeiro tempo para evitar ser expulso.
Felizmente, Willian Arão o parou com um puxão na entrada da área. Paulo Sousa não pensou duas vezes e tirou Ayrton no intervalo.
Substituições parcialmente explicadas no Flamengo
As ações de Paulo Sousa foram questionadas, principalmente no que diz respeito à escolha do lateral-direito Matheuzinho para substituir Ayrton na esquerda. Percebendo que estava errado, colocou Marcos Paulo no lugar de Islas e recolocou Matheuzinho em sua posição original
Paulo não foi questionado na entrevista coletiva e, talvez por isso, explicou porque Matheuzinho improvisou.
Mas ele citou mais três substituições forçadas. Ele não queria tirar David Luiz, Bruno Henrique ou Isla. A prioridade dele era revitalizar o meio-campo.
-Tivemos que fazer três substituições que não queríamos. Bruno Henrique teve de sair, David já tinha condições ao intervalo que não lhe permitiam dar o seu máximo e o próprio Isla, que me disse perto de mim que estava num estado debilitado – disse Paulo Sousa, que continuou:
– Decidimos refrescar nosso ambiente para continuar tendo mais controle porque estávamos nos perdendo. Tivemos iniciativa nas transições, mas perdemos o controle do jogo.
Ceará vence Flamengo
Jogadas forçadas ou sem jogadas forçadas e enfrentando um Arrascaeta visivelmente cansado, Paulo Sousa disse que o Flamengo perdeu o controle do jogo e foi encurralado. Como defendeu bem, sofreu pouco, mas não saiu mais para tentar matar o jogo.
Permanecer em campo por tanto tempo criou chances e o Ceará levou o empate merecido em mais uma falta de Hugo Souza.
E Gabigol?
Então Gabigol estava tão carente que a gente não vou mencionar aqui, mas foi pouco usado. Prova disso é que ele saiu muito da sala e até apareceu em uma ninhada que Bruno Henrique não aproveitou. Paulo Sousa lamentou na coletiva de imprensa que o BH não tenha feito uma jogada iniciada por entrada de Arrascaetas e passe longo de Gabis.
Valéria para Pedro tentou mudar as características e com um flamengo menos acentuado na parte final do jogo. Mas, também discretamente, além de titular para Bruno, Gabigol sofreu um pênalti que foi ignorado pela arbitragem e pelo VAR. Na Central do Apito, Sandro Meira Ricci afirmou que Richardson sofreu falta.
A pressão continua alta
A agitação provocada por mais um revés por erros individuais e futebol ainda inconsistente devido às responsabilidades do treinador garantem mais uma semana tensa para o Flamengo.
Protestos contra Rodolfo Landims as ações políticas e a falta de resultados das equipes se tornaram corriqueiras em todos os cantos do país e, segundo o termômetro da rede, vão se espalhar para o Maracanã na próxima terça-feira.
Sem jogar no estádio desde o dia 20, a expectativa é que o time entre em campo para confirmar a vaga nas oitavas de final da Libertadores contra o Universidad Católica sob grande pressão.
Mais do que apenas vencer um oponente muito inferior, é preciso evoluir. Dentro e fora do campo.
Tudo sobre futebol você enconta no Futebolplay.
Leia também: